O Dia Mundial de Prevenção ao Afogamento, celebrado em 25 de julho, serve como um poderoso lembrete da importância da conscientização e da educação sobre os riscos das águas, especialmente em um estado como o Rio de Janeiro. Neste ano, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro aproveitou a data para reforçar o papel essencial da prevenção no combate às tragédias causadas por afogamento, que ainda ceifam milhares de vidas todos os anos em todo o mundo.
No Dia Mundial de Prevenção ao Afogamento, os dados apresentados revelam o desafio enfrentado diariamente pelas autoridades fluminenses. Somente em 2024, foram registrados 23.655 salvamentos marítimos nas praias do estado. Já em 2025, até julho, o número de ocorrências já se aproxima de 15.179, indicando uma tendência preocupante, embora ligeiramente abaixo do mesmo período do ano anterior. Esses números mostram que, mesmo com ações constantes, o risco continua presente.
O Dia Mundial de Prevenção ao Afogamento também chama atenção para os perigos das águas doces, como lagos, represas, rios e cachoeiras, muitas vezes negligenciados. Em 2025, o Corpo de Bombeiros atendeu 168 ocorrências em rios e represas, superando os 152 registros do mesmo período em 2024. A situação é agravada quando se consideram os poços e piscinas, onde já se igualou o número total de casos do ano passado, com 31 afogamentos até agora.
Durante o Dia Mundial de Prevenção ao Afogamento, o CBMERJ ressaltou que grande parte dessas mortes poderia ser evitada com atitudes simples e vigilância constante. A orientação do Major Fábio Contreiras é clara: prevenir é salvar vidas. Segundo ele, os guarda-vidas atuam de forma educativa desde o primeiro contato com os banhistas, oferecendo informações valiosas antes mesmo de pisarem na areia. Essa estratégia tem sido fundamental para reduzir os riscos e aumentar a percepção de perigo entre turistas e moradores.
O Dia Mundial de Prevenção ao Afogamento é também um alerta global. Segundo a Organização Mundial da Saúde, mais de 2,5 milhões de pessoas morreram afogadas na última década. Cerca de 90% dessas mortes ocorreram em países de baixa e média renda, onde a infraestrutura de segurança é precária e as campanhas de conscientização ainda são limitadas. No Brasil, o número de crianças entre 1 e 14 anos vítimas de afogamento é especialmente alarmante, atingindo cerca de 82 mil casos por ano.
A programação do Dia Mundial de Prevenção ao Afogamento inclui ações educativas e divulgação de orientações práticas. Nas praias, o cuidado deve começar pela observação das bandeiras que indicam as condições do mar. Banhos noturnos devem ser evitados, assim como o consumo de álcool antes de entrar na água. Em rios e lagos, o uso do colete salva-vidas é indispensável, devido à profundidade irregular e à presença de obstáculos submersos que podem levar ao pânico e à fatalidade.
Outro ponto levantado no Dia Mundial de Prevenção ao Afogamento são os perigos das cachoeiras, onde o fenômeno conhecido como cabeça d’água representa uma ameaça real. Ao notar o aumento da correnteza, mudança de cor na água ou presença excessiva de galhos, a recomendação é sair imediatamente. Já nas residências, é essencial instalar grades em piscinas, utilizar ralos anti-sucção e manter vigilância constante com crianças e idosos. Piscinas coletivas devem contar com botoeiras de emergência e guardiões treinados.
O Dia Mundial de Prevenção ao Afogamento reforça que a responsabilidade pela segurança nas águas é coletiva. O CBMERJ está de prontidão 24 horas por dia, mas a participação ativa da população é indispensável. Com atitudes conscientes e respeito às orientações, é possível transformar o lazer em segurança e garantir que momentos de alegria não se convertam em tragédia. Que o Dia Mundial de Prevenção ao Afogamento sirva, ano após ano, como farol para uma cultura de cuidado e proteção no contato com a natureza.
Autor: Dylan Smith