Como enfatiza o administrador de empresas Fernando Trabach Filho, compreender o porquê dos preços dos alimentos subirem tanto é determinante para quem busca entender os impactos da dinâmica econômica no dia a dia da população. Isto posto, a alta dos alimentos não é resultado de um único fator, mas sim de um conjunto de variáveis que podem incluir clima, mercado externo, custos logísticos e até questões geopolíticas, que acabam sendo os fatores que influenciam no preço dos alimentos.
Então, se você quer entender de forma clara e objetiva o que realmente está por trás desse fenômeno, continue a leitura e descubra os principais motivos que fazem os alimentos ficarem mais caros.
Os principais fatores que influenciam no preço dos alimentos
Os preços dos alimentos são extremamente sensíveis a diferentes variáveis, tanto internas quanto externas, de acordo com Fernando Trabach Filho. A primeira influência relevante vem do clima. Dessa forma, eventos como secas prolongadas, geadas, enchentes e outros fenômenos naturais impactam diretamente na produção agrícola, reduzindo a oferta e, consequentemente, elevando os preços.
Além disso, o mercado externo exerce um papel fundamental na formação dos preços. Pois, no momento em que há aumento da demanda internacional por determinados produtos, como soja, milho, carne ou café, os produtores tendem a priorizar as exportações, o que reduz a oferta no mercado interno e eleva os preços para os consumidores locais, conforme informa o administrador de empresas Fernando Trabach Filho.
Por fim, outro ponto que não pode ser ignorado é o custo da energia e dos combustíveis. Já que quando há elevação nesses custos, todo o setor produtivo sente o impacto, desde a produção até o transporte, refletindo diretamente no valor final dos alimentos nas prateleiras.
Como exatamente o clima afeta os preços dos alimentos?
O clima é um dos fatores mais imprevisíveis e, ao mesmo tempo, mais decisivos no aumento dos preços dos alimentos. Segundo Fernando Trabach Filho, quando ocorrem longos períodos de seca, muitas lavouras são comprometidas, reduzindo drasticamente a produção. Isso gera escassez de produtos como grãos, hortaliças e frutas, o que, automaticamente, faz os preços dispararem.
Da mesma forma, fenômenos como geadas e excesso de chuvas também prejudicam as plantações e até a criação de animais. Inclusive, a queda na produção agrícola e pecuária gera um efeito cascata em toda a cadeia produtiva, elevando não só o preço dos alimentos in natura, mas também dos industrializados que dependem dessas matérias-primas.
Quais os impactos do mercado externo nos preços dos alimentos?
O mercado externo é outro fator que contribui significativamente para a alta dos alimentos. Como comenta o administrador de empresas Fernando Trabach Filho, quando há valorização de commodities agrícolas no mercado internacional, os produtores brasileiros tendem a priorizar as vendas para outros países, onde conseguem obter melhores margens de lucro.

Isso acontece, por exemplo, com produtos como carne bovina, milho, soja e café. Se a China, os Estados Unidos ou países europeus aumentam suas compras, a oferta interna diminui. Logo, com menos produtos disponíveis no mercado brasileiro, os preços sobem naturalmente.
Ademais, as oscilações cambiais também influenciam diretamente. Pois, quando o real se desvaloriza frente ao dólar, os produtos brasileiros ficam mais atrativos para os compradores externos, intensificando as exportações e, consequentemente, pressionando os preços no mercado interno.
Quais são os custos logísticos que encarecem os alimentos?
Por fim, os custos logísticos representam uma parcela significativa na formação dos preços dos alimentos. Tendo isso em vista, o transporte no Brasil ainda enfrenta muitos desafios. Em síntese, os principais fatores logísticos que impactam os preços são:
- Custo do combustível: quando o preço do diesel sobe, o frete se torna mais caro, o que eleva o preço final dos alimentos.
- Deficiências na infraestrutura: rodovias precárias, falta de ferrovias e de transporte eficiente aumentam o tempo e o custo do transporte.
- Armazenamento inadequado: a falta de armazéns modernos e refrigeração adequada gera perdas de produtos, o que também pressiona os preços.
- Dependência do transporte rodoviário: mais de 60% das cargas no Brasil são transportadas por caminhões, o que torna o sistema muito sensível às variações dos combustíveis e às condições das estradas.
Assim sendo, esses custos são repassados ao consumidor final, o que explica, em parte, por que os alimentos sobem tanto mesmo quando não há problemas de produção ou exportação excessiva.
Um conjunto de fatores que determinam a nutrição de uma população inteira
Em conclusão, é claro que o preço dos alimentos é determinado por um conjunto de fatores que fogem, muitas vezes, do controle dos produtores e dos próprios consumidores. Desse modo, enquanto não houver investimentos consistentes em infraestrutura logística, políticas de incentivo à produção e mecanismos de proteção contra as oscilações do mercado externo, os preços dos alimentos continuarão sujeitos a constantes variações. Contudo, no final das contas, entender esses fatores é fundamental para que tanto empresas quanto consumidores possam se planejar melhor.
Autor: Dylan Smith